Amo Conversar

Se há uma coisa que me define é esta!

Uma das coisas que eu mais gosto na vida, é conversar!

Quem me conhece sabe que sou apaixonada por uma boa conversa e quando encontro ‘parceiro à altura’, o tempo  pára!

Posso conversar durante uma noite inteira, sem esgotar assunto!

Já era assim, quando tinha dois ou três anos de idade.

Recordo a época em que o meu pai me prometia uns tostões, se eu conseguisse ficar calada durante um minuto…devo dizer que nunca os consegui ganhar! 🙂

Imaginem agora como será difícil para mim, se o meu parceiro não gostar de conversar…

Imaginem o que será, viver com alguém para quem ‘conversar é um desperdício de tempo’.

Imaginem como será eu começar uma frase e, quando ainda vou a meio, já o meu companheiro está a caminho do escritório…

Se o que tenho a dizer for, de facto importante, terei que ir atrás dele falando, para completar a informação que lhe quero passar.

Posso dizer-vos que para mim é desconcertante e que cortará qualquer possibilidade de relacionamento harmonioso.

Agora coloquem-se na pele dele.

Detesta conversar, pois considera uma perda de tempo e energia.

Mesmo para o essencial, tem que fazer um esforço para ouvir até ao fim e por vezes, acaba por ignorar a parte final.

Prefere que os assuntos essenciais lhe sejam comunicados por email ou sms, para poder consultar e reler sempre que necessário, sem ter que estar focado no momento.

Conseguem agora perceber o quão desconcertante uma relação se pode tornar, se as pessoas não conseguirem perceber o que é importante para o outro e as necessidades que tem?!

Com a ajuda do Eneagrama, ao identificarmos os nossos Eneatipos de Personalidade, podemos contornar a situação e estabelecer uma ponte no nosso relacionamento.

Neste caso em particular, depois de transmitir a importância que o acto de ‘conversar’ tem para mim e perceber o quanto o meu companheiro se sente desconfortável com isso, conseguimos encontrar um meio termo e estabelecer regras para que nos conseguíssemos entender.

Assim eu não me sentia ignorada e ele não sentia que estava a perder tempo.

Ao perceber o quão prazeroso era para mim uma boa conversa, passámos a dedicar um dia na semana para o fazer, descontraidamente, encontrando um tema que fosse interessante para os dois, sendo que eu passei a ser muito mais directa e assertiva, nas comunicações do dia-a-dia, pois sabia que apenas assim  teriam eficácia e o meu companheiro não precisava de fugir. ????