ou Relacionamentos e Criança Interior

”Os relacionamentos servem para nos trazer crescimento enquanto seres individuais”

…ou, dito de outra forma, os relacionamentos existem para nos fazer crescer.

Num relacionamento acontece algo de muito nobre, uma vez que uma pessoa se predispõe a estar junto de outra para a ajudar a crescer!

Como assim, perguntar-me-ão?!

A certa altura, à medida que a intimidade aumenta, cada pessoa vai acabar por libertar a sua ”criança interior” – com todos os seus medos, inseguranças e convicções. Isso irá dar origem a momentos de choque, em que essa ”criança” vai confrontar o outro, por forma a procurar curar as suas feridas internas.

É por isso que dizemos que o companheiro(a) tem uma missão louvável, que é a de estar presente para que o seu par cresça (e vice versa). Irá então enfrentar o lado mais negro da pessoa amada e com isso permitir que ela cure as suas feridas. À medida que o vai fazendo, vai alcançando patamares superiores do seu auto-desenvolvimento.

Podemos assim dizer que a missão de um companheiro é uma missão elevada, uma vez que se dispõe a ‘estar lá’, para apoiar e ajudar o outro a ultrapassar os seus piores momentos.

Claro que, num relacionamento harmonioso, isto é algo que acontece ‘nos dois sentidos’,

Quando ambas as pessoas têm esta consciência, o seu relacionamento tem muito para resultar.

Acontece porém, que numa boa parte dos casos, ao não se compreender este conceito, as relações acabam por se tornar um verdadeiro campo de batalha, onde cada um insiste em ter razão e em querer provar o seu ponto de vista acabando a acusar-se mutuamente e nas consequentes ”cobranças”.

Se alguma sugestão lhe posso dar é que se permita olhar nos olhos da sua companheira e procurar a criança que outrora foi. Imagine-a com as suas mágoas e as suas fragilidades e, simplesmente, aceite tomá-la nos seus braços, acolhendo-a e mimando-a…simples, assim!!!

Mais tarde, quando a discussão surgir, (e vai surgir!), lembre-se desse momento e da criança que habita dentro da sua amada, não sem antes procurar dentro de si, o que a sua própria criança interior está a tentar provar, ou sentir falta! Imagine-se então e a ela como duas crianças frágeis à procura de amor, compreensão, segurança…e experimente relacionar-se desse ponto de vista!