…Mas conquistar a tua relação de sonho só depende de ti!
São precisos dois para dançar o Tango.
Mas se um não quer, dois não dançam.
Nas relações também é assim.
Quando um dos elementos está emocionalmente fora da relação, por muito que o outro se esforce, difícilmente conseguirá levar o barco a bom porto.
Em geral nesta fase, a relação assume uma de duas fases: ou entra em rotura, ou se transforma naquilo a que chamei de “relação de poder”.
Quando em rotura, o afastamento entre ambos começa a manifestar-se e os desacordos e discussões tornam-se frequentes.
Não é incomum que, tacitamente, comecem a viver juntos, vidas separadas.
Fazem a gestão da casa e dos filhos, quando os há, em conjunto, mas deixam de passar momentos românticos a dois.
Tomam cada vez mais decisões de forma independente e apoiam-se nos amigos.
Por vezes esta dinâmica mantém -se “para sempre”, ou pelo menos até um dos dois se apaixonar por uma nova pessoa e decidir, só então, colocar um fim na relação para seguirem vidas separadas.
Já, viver numa “relação de poder“, é do meu ponto de vista, mais enganador e também mais castrador para um dos elementos.
As pessoas que vivem assim, assumem que está tudo bem e normal.
E porquê isso? Porque, em regra, um dos dois se anula em prol da sobrevivência da relação.
Então tudo parece perfeito, pois até as discussões são raras.
Essa pessoa opta por concordar com tudo e mesmo abster-se de dar opiniões quando elas são diferentes da do outro, fazendo parecer que ambos estão sempre de acordo.
Contudo, não estão a viver uma relação verdadeira.
A pessoa que se tornou submissa, sente que está a fazer o melhor para a família e para a preservação de tudo o que o casal conquistou até ao momento. No entanto, por muito que queira mostrar que está bem, vai ficando desgastada e corroída por dentro. Torna-se uma pessoa apagada e por vezes até amargurada.
Na esperança de não perder o amor do seu par, não percebe que tudo aquilo que o fez apaixonar-se por si, já não existe – tornou-se um espectro de quem outrora foi.
Por vezes é apanhada de surpresa, quando o seu par decide que não quer mais continuar na relação.
Algumas das relações que estão num destes pontos já não têm salvação, outras porém, podem ainda ter sucesso.
Se o que levou ao afastamento emocional, foi o facto de a pessoa não se sentir, amada, reconhecida, ou simplesmente ouvida, no que às suas necessidades diz respeito, então poderá ser possível trazê-la de volta à relação, se ainda existir amor e interesse em fazê-lo.
Isso consegue-se com trabalho interior e com a aplicação de dinâmicas até então desconhecidas do casal.
O sucesso surge, a partir do momento em que uma das pessoas começa a trabalhar em si, com este objectivo.
Dá então início a um processo que, quando devidamente orientado, pode levar ao êxito do relacionamento.