É possível recuperar a conexão perdida!

Sem Conflitos!

Ao longo da minha vida, tenho contactado com vários homens que vivem relacionamentos que já não lhes trazem satisfação.

Quando questionados quanto à razão de se conformarem a viver dessa forma, as respostas são as mais variadas e vão desde questões de logística, à preguiça de ‘saírem’, passando pelo medo de perderem o relacionamento com os filhos ou o de não se adaptarem a uma nova vida, onde terão a capacidade de agir da forma que mais lhes agrade, experimentando uma liberdade que lhes é estranha.

Uma outra razão passa pelo medo de se sentirem na necessidade de procurar uma nova companheira e de terem ‘perdido o jeito’ da conquista.

Curiosamente alguns até me confessaram ser fãs do ‘flirt‘, mas daí a ter que investir a sua energia na procura de um relacionamento ‘sério’, vai uma grande distância.

Ao investigar mais profundamente as causas da insatisfação no relacionamento actual, surgiram as mais variadas convicções, fruto da educação que lhes foi dada, às imposições do meio em que vivem, passando pela imagem que se tem criado, socialmente, do homem.

Percebi então que a principal razão consiste em ter medo de não conseguir cumprir com o que é esperado de si, pelas actuais companheiras.

Formatados que foram para não viver, ou não demonstrar /partilhar as suas emoções, condenam-se a viver por trás de máscaras por si criadas, por forma a não demonstrar a sua vulnerabilidade.

Quantos de nós fomos educados por uma sociedade que impõe que Homem não chora!‘?!

Quantos de nós educámos os nossos filhos para não viver as emoções, com o terno ‘Não chora! Já passou!‘?!

Perante esta realidade estes homens vivem sufocados dentro das suas próprias emoções, criando escapes que os narcotizam a viver uma vida desconectada.

Isto dá origem a relacionamentos vazios e desvirtuados, que entretanto se vão propagando ao longo das gerações vindouras, pelo facto de os filhos não conseguirem entender a relação entre pai e mãe.

Quando peço a estes homens para falarem abertamente sobre sentimentos e emoções, ficam desconfortáveis, mas por norma acabam por fazê-lo, tão grande é a necessidade!

À medida que vão partilhando, percebo que criaram uma teia tão grande à sua volta, que por vezes já não sabem quem são, do que gostam e o que lhes dá verdadeiramente prazer! Há muito que não se permitem ”apenas” SER!

O medo de não serem suficientes é atroz!

Perceber que atrás de cada um destes homens existe uma criança incompreendida, que se sente abandonada e que não foi valorizada o suficiente no âmago do seu ser, é algo que me é difícil expressar em palavras!

Quando lhes mostro que não estão sozinhos nessa realidade, começam a vislumbrar uma luz ‘ao fundo do túnel’, compreendendo que é possível , não só melhorar o relacionamento em que estão envolvidos, como também libertar-se para viver uma vida emocionalmente sã.

É nesse momento que sinto que estou a viver a minha missão de vida, empoderando estes homens para viverem as relações com o nível de excelência que se habituaram a ter nas outras áreas das suas vida!

… e sou muito grata por isso!