”TRANSPARENTE”
Quantas e quantas vezes desejou ter um papel proactivo e de destaque na sua vida familiar quando, no entanto, se limitou a ir ”apenas”…VIVENDO, ou melhor, SOBREVIVENDO, a cada hora, minuto ou segundo, em perfeitos movimentos sincronizados, dominando cada gesto, atitude ou palavras, repetidos de forma controlada e mecânica, por sentir que será o ‘que se espera de si’, ou ‘ o que lhe dá conforto’?!
Ao cumprir, criteriosamente, os seus ‘rituais’ diários, sente-se em segurança, por estar convicto de que ‘não poderá errar’, o que o deixa tranquilo, mas… será que lhe dá prazer???
Desta forma se passam dias, meses, anos, onde tudo à sua volta muda, por vezes até a própria companheira, no entanto os seus ‘rituais’ mantém-se!
As questões que lhe coloco são:
#. Esse ‘conforto’, deixa-o feliz?
#. O saber que os dias serão sempre iguais, sem precalços, deixa-o confortável?
#. É essa a vida que quer verdadeiramente viver?
#. E se….?
E se um dia lhe ‘trocarem as voltas’? Como se vai sentir? Como vai reagir?
Vai escolher ficar zangado e desorientado, ou aproveitar a oportunidade para se deixar ir na ”corrente” e descobrir até onde esta o leva?
Quiçá descobrirá novos rituais que o farão vibrar e o resgatarão dessa hipnose a que chama vida!?
Até onde está disposto a permitir-se fluir com a vida, a sair do trilho que o tem mantido cativo e a permitir-se parar…só para apreciar o cenário e sentir os aromas que o envolvem?!
Talvez descubra todo um novo horizonte que nunca se tinha permitido ver…
Ao longo da minha vida tenho-me deparado com pessoas que de tão presos às suas rotinas, pouco mais fazem que permanecer fechados naquela que é a sua zona de conforto, fisicamente representada pela sua casa e pelos mesmos caminhos que percorrem diariamente, os mesmos locais que frequentam, os mesmos rostos…
Vivem narcotizados pelas redes sociais e pelos media, esquecendo até aquilo que outrora lhes deu prazer e era para si motivo de orgulho.
Tenho constatado que estas pessoas, apesar de estarem a par de todas as desgraças que acontecem mundo fora, não têm noção do desgosto que causam na pessoa que é a sua companheira de vida. Não conseguem perceber se está triste ou feliz, uma vez que não se detém a olhá-la de tão absortos que estão nessas formas de alienação tão comuns dos nossos dias.
Quanto a si próprios, há muito que se tornaram transparentes na sua vida, esquecendo que a felicidade não é um destino, mas todo um percurso feito de escolhas e ousadias
Para esses, deixo aqui o meu desafio:
Imagine por uns instantes, que lhe é dada uma segunda oportunidade para viver a sua vida!
#. Feche os olhos e apenas se permita imaginar…o que faria diferente?
#. O que gostaria de mudar e que nunca ousou sequer permitir-se pensar?
#. O que escolheria fazer igual?
#. Qual a vida que escolheria viver?
#. O que o faz feliz e que nunca se permitiu viver?
#. Qual o seu maior sonho que escolheria realizar?
#. Qual o desejo mais secreto que escolheria concretizar?
#. O que não iria deixar de fazer?
Hoje durante um período de uns escassos 10 minutos, permita-se ‘desligar’ do mundo e conceder-se o prazer de sonhar!
Sonhe com a sua ‘vida de sonho’
ATREVA-SE!
Permita-se!…Talvez consiga surpreender-se a si próprio!